Depois do sucesso de "O Código Da Vinci", Ron Howard voltou a dirigir uma adaptação cinematográfica dum livro de Dan Brown. Desta vez, o escolhido foi "Anjos e Demónios".
Contudo, as dificuldades eram muitas. Em primeiro lugar, uma vez que "O Código Da Vinci" já fora lançado, esta nova película surgiria como uma sequela. Contudo, "Anjos e Demónios" é, na verdade, uma prequela, sendo esta a primeira obra em que Dan Brown apresenta a personagem de Robert Langdon.
Depois, surge a necessidade cada vez maior de tornar um filme num sucesso imediato, procurando sempre bater records de bilheteira - e superar o antecessor, já de si muito bem sucedido.
Mas "Anjos e Demónios" não cai no erro da maioria das sequelas, precisamente por ter um guião bem estruturado e muito apelativo. Assim, em lugar de uma mera adaptação de uma obra literária, o conjunto final dá origem ao primeiro grande sucesso cinematográfico deste Verão, por diversas razões. A temática da Igreja e da religião é uma delas (embora tais temas sejam abordados de forma cuidada, sem cair em extremismos). Por outro lado, o elenco, que conta com nomes como Tom Hanks (no papel principal), Ewan McGregor, Stellan Skarsgård e Ayelet Zurer, é bem escolhido, balançando nomes conhecidos com desempenhos credíveis.
Impossível não destacar também a importância dos efeitos especiais, que servem para recriar muitos dos ambientes do Vaticano e de Roma, onde as filmagens são interditadas.
Por fim, interessa ainda falar do papel que a própria cidade de Roma assume ao longo da película, já que a capital italiana é o cenário mais rico e imponente de todo o filme.
De uma forma geral, "Anjos e Demónios" é um bom filme, que conjuga uma história bem constuída e com interesse e consegue captar a atenção do espectador até ao momento final.