Depois do mal amado
Quantum of Solace, eis o regresso ao clássico
James Bond de
Ian Flemming.
Skyfall é uma
excelente surpresa para todos os amantes da
saga 007, e uma brilhante combinação dos
clássicos com o inevitável
toque tecnológico do futuro.
Em
Skyfall, temos um
James Bond testado pela
passagem do tempo, decidido a cortar laços com o passado e forçado a lidar com fragilidades que o tornam ainda mais humano que os anteriores
Bond.

Para o
sucesso desta película, contribui em muito a
construção do vilão, trabalho que
Javier Bardemsoube fazer de forma única. Com pinceladas de humor e uma profundidade que fazem entender
Mr Silva não apenas como o inimigo mas como um antigo aliado cujas circunstâncias ajudaram a destruir, este é
dos melhores vilões dos tempos recentes da saga.
Dos
restantes desempenhos, menos destaque para as
Bond Girls, que neste capítulo pouco intervêm, e um
aplauso para o desempenho de
Judi Dench, que mais uma vez interpreta
M, desta feita obrigada a lidar um um
inesperado fantasma do passado.
Quando a
Daniel Craig,
James Bond não podia ficar-lhe melhor. Depois de uma excelente interpretação em
Casino Royale e de um desempenho menos feliz em
Quantum of Solace (responsabilidade partilhada pelo próprio argumento do filme), eis que surge
renascido, numa
combinação de 007 clássico com a nova onda, mais próxima de
Jason Bourne. Um
James Bond com
consciência, falível, mas ainda assim
obstinado e decidido a não parar. Levantamos também a ponta do véu para revelar o
"ressurgimento" de
Q e
Moneypenny, duas
figuras clássicas da saga mais longa e bem sucedida do cinema.
Destaque ainda para uma
banda sonora liderada pela poderosa voz de
Adele, num tema que mistura
suspense e
dramatismo, dando assim o mote para o filme.
Num todo,
Skyfall é um
irrepreensível regresso de James Bond à Sétima Arte e uma excelente escolha para os fãs de cinema de espiões.