segunda-feira, dezembro 18, 2006

Despedida!

Como sabem, o semestre está a terminar. Termina, também, o nosso trabalho aqui neste blogue, dedicado à cadeira de Públicos e Audiências. De modo a despedirmo-nos de todos aqueles que por aqui nos têm acompanhado ao longo do semestre, deixamos um último vídeo, no qual procuramos fazer o balanço do que aprendemos.

Aqui fica, então!



Bom Natal!! E até à próxima!

"Teorias da comunicação de massas", Dennis Mcquail

  • Conceito de Audiência

Consiste numa colectividade de receptores no processo de comunicação de massas. É utilizado no campo de investigação dos media. A audiência não é, geralmente, observável: não tem espaço real, tem um carácter abstracto, é uma realidade diversa e em mudança.
As audiências são produto social e resposta a um padrão dos media. Podem ser definidas de várias formas: através do local, pelas pessoas, devido ao tipo de canal/meio, conteúdo da mensagem e tempo.

  • Origens da Audiência

As origens das audiências estão no público de teatro, espectáculos e jogos. As noções passadas referem um ajustamento físico, a um lugar comum. Algumas das características que ainda permanecem são: a organização da visão/audição/ desempenhos, acontecimentos com carácter publico e secular, actos individuais de escolha, especialização de papéis (de autores, actores e espectadores).
A audiência contemporânea difere pela sua dispersão, individualização e privatização.

  • Da Massa ao Mercado

De acordo com Herbert Blumer, a audiência mediática surgiu da mudança social. Esta audiência é dispersa e os seus membros não se conheciam.
A comunicação de massas era heterogénea/dispersa, apresentando uma comunicação unilateral. O termo “massa”era considerado prejorativo.

  • Redescoberta da audiência como grupo

A experiência da audiência é pessoal. Muitos media inserem-se em ambientes locais e culturas. A interação gerada desenvolve-se à volta do uso dos media no quotidiano. Estes actuam como presença amiga.
Nos anos 40/50, a investigação debruçou-se sobre a “redescoberta do grupo”. As audiências mostraram ser compostas por várias redes de relações sociais baseadas na localidade e em interesses comuns.

  • Audiência como mercado

A audiência de rádio e televisão rapidamente se tornou um mercado para o consumo, com serviços e produtos: o chamado mercado mediático. Na formação da audiência enquanto mercado, os membros são consumidores individuais, as fronteiras baseiam-se em critérios económicos, os membros não se relacionam nem partilham uma identidade, e a sua formação é temporária.

  • Perspectivas críticas

A percepção de audiência é influenciada pelos media negativamente. A maior parte do entretenimento popular é conotada como inferior. O sistema de tv comercial e imprensa baseia-se na extracção de mais valias de uma audiência economicamente explorada. Os media necessitam das audiências. Os “índices de audiência” servem para enclausurar uma prática como construção singular.

  • Finalidades da investigação sobre audiências

Estas são variadas e as suas características gerais ajudam a construir, localizar uma identidade social. A pesquisa de audiência tem por objectivo: contabilizar vendas, medir o potencial para fins publicitários, manipular o comportamento de escolha de audiência, melhorar eficácia de comunicação; pretende ainda ir ao encontro das responsabilidades para servir as audiências e avaliar os media.

  • Audiência: grupo social (público) ou massa de indivíduos isolados

Quanto mais uma audiência for vista como agregado de indivíduos isolados (ou mercado de consumidores), tanto mais pode ser considerada como massa.

  • Grau de «actividade» ou «passividade», que pode ser atribuído à audiência

Sempre houve uma tendência de considerar o uso activo dos media como «preferível» ao passivo. Actos individuais de escolha dos media, de atenção e resposta, podem também ser activos, em termos do grau de motivação, atenção, envolvimento, prazer, resposta crítica ou criativa, ligação ao resto da vida, etc.

  • Implicações das novas tecnologias dos media – o futuro dos media

Há a visão de que as audiências se tornem cada vez mais fragmentadas e percam a sua identidade nacional, local ou cultural. Existirá também uma crescente distância entre ricos e pobres, quanto aos media. Por outro lado, poderão existir mais opções para formação da audiência disponíveis para mais pessoas, bem como maior liberdade e diversidade de comunicação e recepção.

  • Adiência como grupo ou público

O exemplo mais comum é o conjunto de leitores de um jornal local. Aqui, a audiência partilha pelo menos uma característica de identificação social e cultural.
Muitas das novas tecnologias ajudaram a promover as audiências de grupo. A televisão por cabo contribuiu para desafiar a emissão de massas e, actualmente, a Internet e a World Wide Web promovem novos tipos de audiências parecidas com grupos.

  • Audiência como «conjunto de gratificações»

As audiências têm fortes possibilidades de se formarem com base em certos interesses, necessidades ou preferências relacionados com os media. A audiência como público tem uma vasta gama de necessidades e interesses que derivam de características sociais partilhadas, o «conjunto de gratificações».

  • Audiência do meio

Este conceito de audiência é identificado pela escolha de um tipo particular de meio. Cada meio – jornal, revista, cinema, rádio, televisão, disco – teve de estabelecer um novo conjunto de consumidores ou adeptos. Este tipo de audiência está próximo da ideia de «audiência de massas: é grande, dispersa e heterogénea, sem organização interna nem estrutura.

  • Actividade da audiência

Sempre houve controvérsia sobre como apreciar a actividade da audiência típica dos media, bem como sobre o que quer dizer essa actividade.
Biocca propõe cinco versões diferentes de actividade de audiência:

  • Selectividade
  • Utilitarismo
  • Resistência à influência
  • Envolvimento

"Subcultura. El significado del estilo", Dick Hebdige (Texto 15 da Sebenta)

Este texto centra-se num estudo acerca de subcultura, mais especificamente, de que forma este estilo comunica e como o faz.
Dentro da própria cultura, podem existir grupos que se distinguem por serem diferentes.

Roland Barthes contrapõe imagem publicitária «intencional» a fotografia de imprensa «inocente». Ambas são articulações de códigos e práticas especificas. Contudo, a fotografia de imprensa é mais “natural” e transparente que o anúncio, considera o referido autor.

A comunicação intencional atrai a atenção sobre si; os conjuntos visuais são, obviamente, fabricados, proclamando os seus próprios códigos e demonstrando que estes existem para serem usados. As leis da “segunda natureza do homem” são, então, desafiadas.

A comunicação de uma diferença significante é a chave oculta por trás do estilo de todas as subculturas espectaculares.

domingo, dezembro 17, 2006

Media: ranking dos filmes mais vistos de Janeiro a Novembro de 2006

Vale a pena conferir a página do ICAM referente ao ranking dos filmes mais vistos, desde o mês de Janeiro ao de Novembro.

Assim, de acordo com estes dados, o filme mais visto ao longo do presente ano foi "O Código DaVinci", de Ron Howard. Este filme contou com 753.399 espectadores.

Em segundo lugar nesta lista, encontramos a sequela de "Piratas das Caraíbas", de Gore Verbinski, que levou 634,586 espectadores às salas de cinema.

Desta lista, constam cinquenta películas. Pensamos ter interesse percorrer os títulos que dela constam, no sentido em que poderemos comparar os géneros predominantes com aqueles que foram referidos ao longo da apresentação do nosso trabalho empírico, em aula (ver vídeo, colocado no dia 12 de Dezembro).

A informação na qual se baseia este post pode ser encontrada em:

Percorrendo o site do ICAM, é possivel encontrar mais informações com interesse. Alguns dos dados aí apresentados foram-nos úteis na realização do nosso trabalho.

Resumo de Aula Teórica: Públicos de Televisão, em Daniel Dayan

Na sua obra Televisão: das Audiências aos Públicos, Daniel Dayan levanta uma questão central, acerca do melhor conceito a aplicar aos espectadores de televisão (públicos ou audiências).

Chama-se a atenção para as definições de conceitos anteriormente dadas nesta cadeira. Daniel Dayan introduz, então, um conceito novo: o de “quase público”. Este possui três características centrais:
  • Existência fugaz
  • Temporalidade
  • Presença intersticial

Tal conceito é aplicado (sobretudo) em tv, uma vez que o público tem uma existência duradoura, o que, neste meio, não acontece.

Podemos, então, falar em três tipos de público:

  • Público político
  • Fãs
  • Públicos de gosto

Dayan apoia-se, também, numa definição de público quase filosófica, do autor Pierre Sorlin. Este define seis características de público:

  • Público como um meio
  • Capacidade de deliberação interna
  • Capacidade de performance
  • Defesa de valores/gostos
  • Exigência dos gostos
  • Forma reflexiva

O quase público só passará a público em determinadas (e raras) situações, tais como a manifestação pública da sua posição, através da entrada em determinado grupo.

Assim, em Dayan, a noção de quase público “ilumina” a nova definição de público, que consiste nas seguintes caregorias:

  • Públicos de fãs
  • Públicos da tv cerimonial / dos mega – eventos
  • Públicos de elites dos media europeus
  • Media de imigração

quinta-feira, dezembro 14, 2006

"Piercing a Ciberkilt: Media fans in an electronic community", S. Elizabeth Bird (texto 14 da sebenta)

  • Ao usarmos os media, fazemos selecções. Frequentemente, tornamo-nos fãs de algo (uma série, uma banda, entre outros). Assim, é necessário procurar entender o que é ser-se fã.
  • Frequentemente, fãs são entendidos como obcecados por algo, excessivos. Surge, também, uma nova “forma de ser-se fã”: o meio virtual e todas as suas potencialidades.
  • Para estudar este fenómeno dos fãs (fandom), o autor reflecte sobre uma comunidade virtual (a “DQMW-L”) tirando posteriormente as suas conclusões.
  • A experiência de ser-se fã é diferente através da Internet, uma vez que se torna mais individualizada. Surgem, também, novas actividades online, potenciadas por uma maior rapidez na comunicação. Há, portanto, que conhecer as potencialidades e os limites das comunidades online.

A comunidade virtual

Muitos afirmam que a Internet destrói as necessidades de espaço e tempo numa comunidade. A participação é fragmentada e isolada. Contudo, há que ver que esta nova ferramenta de comunicação tem muitas potencialidades. As comunidades virtuais não são simples chats, indo muito para além disso. Manter uma comunidade exige trabalho: não se limita à ligação virtual. Estas novas comunidades fornecem um sentimento de pertença, respondendo a algumas das necessidades dos indivíduos.
No seio destas comunidades, existem também regras (códigos de conduta, regras de civilidade, proibições), de forma a criar-se uma sensação de estrutura e continuidade.
A palavra escrita é a única forma de comunicação, pelo que deve ser usada adequadamente.
O autor verifica, também, que a forma de discutir ideias difere conforme o sexo do utilizador, sendo os homens tendencialmente mais acertivos.
A Internet potencia, ainda, a exploração de mundos imaginários, sem, no entanto, “desligar” os utilizadores da realidade: criam-se universos paralelos, de escape.

Principais conclusões

As comunidades virtuais potenciam novos tipos de comunicação interpessoal, ligando uma grande diversidade de pessoas, com uma característica comum: serem fãs de algo. Assim, a Internet é uma forma de enriquecimento das vidas dos indivíduos, quando usada apropriadamente. As comunidades virtuais são uma nova forma de ser-se fã e partilhá-lo com outrem.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Media: notícias de cinema

Tendo em conta que o nosso blogue tem, como tema principal, o cinema, consideramos pertinente incluir, também, determinadas notícias de cinema que consideremos relevantes. Deste modo, no jornal "Público" de dia 12/12/06, surge a seguinte notícia (ver http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1279440):

Filme "Coisa Ruim"
Afonso Pimentel representa Portugal no Shooting Stars de 2007
12.12.2006 - 17h35 Lusa

  • "O actor Afonso Pimentel vai representar Portugal na 10ª edição do Shooting Stars, que decorrerá em Fevereiro no Festival Internacional de Cinema de Berlim, anunciou hoje o Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM).
    Protagonista do filme "Coisa Ruim", de Tiago Guedes e Frederico Serra, Afonso Pimentel integra a edição 2007 do Shooting Stars juntamente com outros 25 actores europeus.
    O Shooting Stars é uma iniciativa do European Film Promotion destinado a revelar novos actores e decorrerá de 10 a 12 de Fevereiro, durante o 57º Festival Internacional de Cinema de Berlim.
    Afonso Pimentel, 24 anos, estreou-se no cinema em 1996, no filme "Adeus Pai", de Luís Filipe Rocha. "20,13", de Joaquim Leitão, que estreia no próximo dia 20, é o seu mais recente filme.
    A par do cinema, o actor ficou conhecido pelas interpretações em séries televisivas como "Ana e os Sete" e "Morangos com Açúcar", ambas exibidas na TVI , e em "Floribella", actualmente em exibição na SIC.
    Nuno Lopes, Carla Bolito e Marisa Cruz são três outros actores portugueses que integraram edições anteriores do Shooting Stars."
A mesma notícia surge, também, destacada no site do Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM - http://www.icam.pt/ ).
A título de curiosidade, acrescentamos que Afonso Pimentel frequentou o Curso de Comunicação Social e Cultural da UCP, tendo-se licenciado recentemente.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Media: audiências de televisão

De acordo com o jornal diário "Destak", o canal televisivo AXN é agora líder de audiências dos canais por cabo. Segundo dados relativos ao mês de Novembro, fornecidos pela Marktest, o AXN atingiu um share de 3,6%, o que se traduz em 22 700 espectadores. Estes números deixam o AXN em competição directa com os canais generalistas.
Seguidamente, colocamos a notícia publicada pelo Destak (12/12/06).

AXN VOLTA A BATER RECORDE DE AUDIÊNCIAS

Segundo os últimos dados de Novembro fornecidos pela Marktest, o AXN é o líder absoluto de audiências entre os canais por assinatura, com um share de 3,6%, ou seja, 22 700 espectadores, ficando apenas atrás dos canais generalistas TVI, SIC e RTP1.

Actualizações: Apresentação do Trabalho Empírico em aula

Como sabem, a fase final do trabalho empírico consistiu na apresentação, em aula, dos resultados obtidos. De forma a concluir, também aqui no nosso blogue, as etapas de elaboração do trabalho da cadeira de Públicos e Audiências, colocamos aqui um breve resumo da nossa apresentação, filmado em aula. Colocámos apenas os excertos que considerámos mais importantes, ainda que, a nosso ver, seja perceptível o conteúdo que pretendemos transmitir. Aqui está o resultado!



Nota: Um grande obrigada, da parte de todos os elementos do grupo, ao João Vieira, que amavelmente se disponibilizou para filmar este vídeo!

sábado, dezembro 09, 2006

"The new producers", Chris Anderson (texto 13 da sebenta)

Devido às consequências de um acontecimento de cariz astronómico que ocorreu a 23 de Fevereiro de 1987, pode falar-se da chegada de uma nova era: uma na qual profissionais e amadores trabalham juntos. Isto torna-se possível, em grande parte, graças ao uso da Internet enquanto meio de partilha de informações. Esta nova era traz inúmeras vantagens e também algumas questões.
O conceito por detrás da nova era, a iniciativa individual, não é, contudo, novidade. Podemos citar inúmeras referências, tais como Karl Marx, que fala na democratização dos meios de produção. Tal democratização revoluciona os mais diversos campos de actividade, desde o cinema à música e mesmo à literatura (nomeadamente, através da blogosfera).

A principal consequência desta alteração é a passagem de consumidores passivos a produtores activos; estes produzem conteúdos, sobretudo, por gosto (daí o termo “amador”, do latim amator). Com acesso à Internet, cada indivíduo passa a ter ao seu alcance as ferramentas necessárias para se tornar criador.


O maior exemplo recente deste fenómeno é a Wikipédia. O termo “wiki” deriva da palavra havaiana, significando “rápido”. A Wikipédia permite que qualquer utilizador da Internet leve a cabo uma pesquisa, podendo, também, editar o conhecimento por ela disponibilizado. Desta forma, é criada uma gigantesca enciclopédia, disponível online Devido à sua componente inovadora, a Wikipiédia está no centro de grande controvérsia. Esta advém, sobretudo, do facto de se contar com a contribuição de privados não ser a forma habitual de criar enciclopédias, estando a sua elaboração a cargo de indivíduos prestigiados. Em lugar disto, a Wikipédia conta com a self-organizarion. Sendo uma ideia que data de 2001, já em 2005 atingira um enorme sucesso. Este advém, sobretudo, da facilidade a ela aceder. Por outro lado, uma vez que todos podem contribuir, acrescentando ou alterando entradas, praticamente todos os temas são objecto de atenção.

  • Conteúdos: fonte de debate

Há casos em que são detectados erros nas entradas da Wikipédia. Estes lançaram um enorme debate acerca da sua fiablididade. A resposta a tal debate é complexa. Se, por um lado, queremos acreditar no que lemos, sabemos que, na Wikipédia, não há alguém que controle os seus conteúdos: são os indivíduos que o fazem. Há,no entanto, quem defenda que esta forma de controlo é realmente produtiva: um erro detectado pode ser facilmente corrigido, o que não acontece numa enciclopédia tradicional. Esta auto-protecção é, portanto, apontada como uma vantagem.

Por outro lado, a quantidade de entradas na Wikipédia é muitíssimo maior que em qualquer outra enciclopédia. Isto torna-a a mas completa enciclopédia que alguma vez existiu. É, também, permanentemente actualizada, pelos seus milhares de utilizadores.

Assim, embora com notórias diferenças de enciclopédias usuais, que geram uma enorme controvérsia, a Wikipédia é a prova de que, tendo as ferramentas disponíveis, todos podemos ser produtores.

  • Conteúdos: fonte de debate

Com custos de distribuição e de produção muito baixos, devido à democratização das novas tecnologias, existem vários motivos que levam os indivíduos a ser produtores. Entre eles, destaca-se a reputação. Esta poderá, futuramente, repercutir-se em formas de pagamento e/ou de lucro mais concretas.

  • O self-publishing

Devido à facilidade em criar e distribuir mensagens e conteúdos, há um número crescente de indivíduos que procuram publicar os seus conteúdos. Por exemplo, um escritor poderá ver a sua obra publicada graças ao site Lulu.com. na Coreia do Sul, o trabalho dos jornalistas é ajudado por privados, que lhes enviam notícias de todos os géneros.

Com esta diversidade de insentivos, os indivíduos procuram, cada vez mais, ser ciradores, em lugar de apenas consumidores. A própria indústria do entretenimento poderá beneficiar com esta nova tendência.

Assim, a divisão entre consumidores e produtores está cada vez mais ténue. O consumidor é, também, produtor. Assim se gera a nova “arquitectura de participação”, na qual a democratização dos meios de produção é fundamental.