Na sua obra Televisão: das Audiências aos Públicos, Daniel Dayan levanta uma questão central, acerca do melhor conceito a aplicar aos espectadores de televisão (públicos ou audiências).
Chama-se a atenção para as definições de conceitos anteriormente dadas nesta cadeira. Daniel Dayan introduz, então, um conceito novo: o de “quase público”. Este possui três características centrais:
- Existência fugaz
- Temporalidade
- Presença intersticial
Tal conceito é aplicado (sobretudo) em tv, uma vez que o público tem uma existência duradoura, o que, neste meio, não acontece.
Podemos, então, falar em três tipos de público:
- Público político
- Fãs
- Públicos de gosto
Dayan apoia-se, também, numa definição de público quase filosófica, do autor Pierre Sorlin. Este define seis características de público:
- Público como um meio
- Capacidade de deliberação interna
- Capacidade de performance
- Defesa de valores/gostos
- Exigência dos gostos
- Forma reflexiva
O quase público só passará a público em determinadas (e raras) situações, tais como a manifestação pública da sua posição, através da entrada em determinado grupo.
Assim, em Dayan, a noção de quase público “ilumina” a nova definição de público, que consiste nas seguintes caregorias:
- Públicos de fãs
- Públicos da tv cerimonial / dos mega – eventos
- Públicos de elites dos media europeus
- Media de imigração
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