As personagens evoluíram também. De crianças, os alunos de Hogwarts passam a adolescentes mais conscientes e atentos do mundo que os rodeia. A maior ênfase recaiu necessariamente em Harry Potter, personagem interpretada por Daniel Radcliffe. Harry procura entender-se a si próprio, situar-se na presente realidade e lidar com os seus medos, ao mesmo tempo que enfrenta demónios exteriores, sendo o maior deles o próprio Voldemort.
O elenco está, mais uma vez, recheado de deliciosas interpretações de Daniel Radciffe (no complexo papel de Harry) Rupert Grint (o desajeitado Ron), Emma Watson (Hermione), Alan Rickman (o Professor Snape), Maggie Smith (no papel de Professora McGonnagall), Michael Gambon (o Professor Dumbledore) ou Emma Thompson (que interpreta a excêntrica Professora Trelawney). Encontram-se ainda algumas novidades, sendo a mais notória Imelda Saunton, no papel da pérfida Dolores Umbridge), ou ainda Helena Bohem Carter (fenomenal no papel de Belatrix Lestrange), Katie Leung (Cho Chang) e Evanna Lynch (Luva Lovegood).
Muitas foram as críticas dirigidas a este filme, realizado pelo americano David Yates. No entanto, a essência de "Harry Potter e a Ordem da Fénix" está presente ao longo de toda a adaptação. Cenas cruciais para a compreensão e desenvolvimento da história do jovem aprendiz de feiticieiro foram gravadas com total respeito pelas palavras e o imaginário criado por J. K Rowling, sendo especialmente relevante todo o final do filme. Destaco ainda a cena de flashbacks , na qual Harry conclui que é realmente diferente de Voldemort devido às pequenas e grandes felicidades da sua vida, que lhe mostram o verdadeiro valor do amor e da amizade.
Por fim, a cena que encerra mais um capítulo de Harry Potter: vale a pena apreciar toda a beleza de um momento cinematográfico que capta a mensagem principal deste filme com particular sensibilidade e paisagem visual.
Harry Potter, uma saga que, cada vez mais, ambiciona dirigir-se a um vasto público alvo, cresce em intensidade dramática e também na mensagem transmitida. Procura-se mostrar que há valores na vida em que vale a pela acreditar, que devemos defender. Nada melhor do que ensiná-lo a uma geração que parece, cada vez mais, buscar nos media as respostas para perguntas tão grandes e tão importantes como o sentido de viver.
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