domingo, janeiro 05, 2014

Crítica: "Robin Hood"


Quando pensamos em Robin Hood, é inevitável recordarmos o trabalho de Kevin Reynolds, em 1991. Com o título Robin Hood: Príncipe dos Ladrões, o filme reunia Kevin Costner, Morgan Freeman, Alan Rickman e Mary Elizabeth Mastrantonio nos papéis principais e contava a clássica história de como um nobre Robin de Locksley se torna um proscrito, após regressar das Cruzadas.

O trabalho de Ridley Scott, em 2010, trouxe-nos uma história deveras distinta, uma vez que o argumento nos apresenta um Robin de ascendência plebeia, antes de se tornar no lendário Robin Hood. Portanto, ao distanciar-se da versão de 1991, este mestre do épico consegue ser original no contar de uma história por todos já tão conhecida.

Scott volta aqui a trabalhar com Russell Crowe, que já tinha dirigido anteriormente num dos seus trabalhos mais incontornáveis: O Gladiador. Mais uma vez, o actor mostra-se à altura do desafio. Desta feita, junta-se a este Cate Blanchett, no papel de uma Marion menos donzela e mais guerreira sem, no entanto, perder o toque feminino e delicado que lhe é característico. Não poderíamos deixar de mencionar os desempenhos de Mark Strong, que aqui veste a pele do vilão Godfrey de forma bem credível, e de Oscar Isaac, que interpreta um Rei João mesquinho, fraco e corrupto.

Se a banda sonora do filme pouco lhe acrescenta, o excelente recriar do ambiente de finais do século XII é, mais uma vez, feito com mestria. De destacar igualmente as várias cenas de batalha do filme, em especial a derradeira, que num cenário de praia, mostra todo o horror e carnificina de uma guerra da Idade Média.

Se de Ridley Scott não se pode esperar pouco, este Robin Hood é um bom exemplo do épico da actualidade.

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