quarta-feira, outubro 18, 2006

"Media institutions and audiences", Nick Lacey (texto 1 da sebenta)

  • Definir e persuadir audiências

    A audiência é um elemento essencial para qualquer produto mediático. Contudo, mais facilmente se mede a audiência de uma sala de cinema que de televisão, por exemplo. Apesar desta dificuldade, há, de facto, uma grande necessidade de a conhecer. Com o surgimento das estações de televisão privadas, a publicidade passou a ser um elemento essencial nestes meios de comunicação, sendo esta sua principal fonte de rendimentos. Assim, tornou-se necessário o estudo de audiências, de modo a que os publicitários saibam quando e onde colocar a sua publicidade.
    Existem diversas possíveis divisões de audiência, nomeadamente, aquela que agrupa os indivíduos pela sua classe social. Tal divisão revelou-se muito “crua”, apesar de útil em determinados casos. Outra divisão, já menos rígida, baseia-se em atitudes e estilos de vida dos indivíduos, e inclui os “realizadores”, os “experimentadores”, os “cumpridores”, entre outros. Mais recentemente, considerou-se que os indivíduos podem ser classificados em “tribos”, mais especificamente os “couch potatoes”, os especialistas, os viciados em comédias e os que têm insónias. As audiências podem, ainda, ser divididas por área de residência (área agrícola, zona residencial moderna, arredores com boas condições, entre outras).
    Para que se atinja uma audiência, é necessário desenvolver estratégias de persuasão. Algumas das mais conhecias são a AIDA e a DIPADA. Contudo, existem outras, que incluem a centralização em públicos feminino ou masculino, o uso de celebridades, de slogans apelativos, de efeitos especiais, entre diversas outras.
    Recentemente, a publicidade tende mais para o apelo às emoções, em detrimento da razão.
    Também os programadores tiram grande partido destes estudos de audiências, como forma de melhor organizar a programação. Assim, se observarmos as grelhas de programas, poderemos ter uma ideia da imagem que a estação de televisão tem dos seus públicos.

  • A audiência como cidadãos

    Sendo que vivemos numa sociedade democrática, é grande a importância dada à informação, como forma de dar aos cidadãos as ferramentas necessárias para o cumprimento dos seus deveres civis. Assim, há a necessidade de se transmitir informação imparcial e com rigor. Contudo, ainda hoje se verificam tendências políticas em determinados meios de comunicação, particularmente jornais.
    Como forma de transmitir informação com a qualidade necessária, há que ter em atenção as fontes utilizadas: muito frequentemente, os diferentes média apropriam-se de histórias de concorrentes. De referir que a própria construção da notícia apresenta, em si, uma visão do mundo.
    Outra importante faceta dos media é a sua função de espaço público de debate. Assim, qualquer cidadão pode deles participar, como forma de ser escutado. Muitas vezes, levantam-se questões em torno desta questão, devido à dificuldade de participação de minorias. Contudo, espera-se que, com o advento da era da Internet, que encoraja a interactividade, tal entrave seja levantado. Pretende-se, portanto, que os indivíduos não sejam apenas encarados como consumidores de media, mas também como cidadãos.

Nota: este texto corresponde à aula teórica sobre audiências, pelo que não iremos resumir tal aula.

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